De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 86,4% das pessoas jurídicas (empresas) possuem alguma irregularidade fiscal. Esse recorte foi feito com base nos dados de apenas três esferas públicas: prefeituras, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Receita Federal do Brasil (RFB). Para não entrar nesse índice, os pequenos empreendedores precisam realizar uma boa gestão fiscal.

Neste artigo, mostraremos o que é e a importância da gestão fiscal. Abordaremos também boas práticas a serem implantadas pelos pequenos empreendedores. Avance para os próximos tópicos!

POR QUE É IMPORTANTE MANTER UMA BOA GESTÃO FISCAL?

Em termos simples, a gestão fiscal é um conjunto de procedimentos que visam a organização e o controle das obrigações fiscais de um negócio. Quando feita da maneira correta, o empreendedor observa a melhoria da contabilidade gerencial. Dessa forma, se evita multas, processos e outras consequências negativas impostas pelo Fisco (instituições fiscalizadoras das obrigações fiscais).

Na prática, as obrigações de uma gestão fiscal podem ser divididas em duas categorias. São elas:

• obrigações fundamentais – pagamento de impostos, taxas e contribuições atrelados ao regime tributário do negócio;

• obrigações acessórias – declarações informativas solicitadas por instituições públicas relacionadas a diversas áreas do negócio, como: finanças, contabilidade e folha de pagamento. Um exemplo é a Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF).

Quando os pequenos empreendedores ficam atentos ao cumprimento dessas obrigações, colhem benefícios, como:

• planejamento e previsão de gastos;

• economia;

• otimização de tempo;

• boa reputação perante o Fisco;

• cumprimento da legislação tributária.

QUAIS SÃO AS MELHORES PRÁTICAS DE GESTÃO FISCAL?

Uma das maneiras de ficar em dia com a gestão fiscal é por adotar boas práticas. A seguir, apontamos as principais.

Tenha um endereço fiscal

O endereço fiscal é um requisito para a realização do cadastro como Microempreendedor Individual (MEI). Todos os documentos oficiais (notas fiscais, alvarás, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ etc.) recebem esse endereço. Devido a essa importância, os pequenos empreendedores devem estudar com cautela a localização que será usada pelo negócio.

Para gerar uma boa imagem, é possível contratar um serviço de endereço fiscal em um escritório virtual localizado em um espaço compartilhado bem endereçado. Dessa maneira, além de cumprir uma exigência fiscal, o negócio gera credibilidade perante clientes, investidores e parceiros de negócios.

Organize a rotina fiscal

Todas as ordens de serviço, documentos fiscais, contas a pagar e receber, controles de estoque etc., devem ser bem organizados. Isso inclui arquivá-los de maneira correta. Fazendo assim, o pequeno empreendedor eleva a produtividade e eficiência da gestão fiscal. Uma vez que, a documentação para o cumprimento de obrigações estará acessível.

Conte com um profissional

A grande verdade é que realizar a gestão fiscal com eficiência é um desafio para quem não entende de tributação, legislação e contabilidade. Por isso, muitos empreendedores optam pela contratação de um contador. Dessa forma, todos os processos são cuidados com perícia, evitando, por exemplo, perda de prazos e armadilhas fiscais.

Sem dúvidas, os pequenos empreendedores podem ser bem-sucedidos na gestão fiscal. Seguindo as dicas dadas neste artigo, temos certeza de que esse processo ficará organizado. O resultado será uma empresa lucrativa e sem pendências tributárias.

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